segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Meu cacto sem nome
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Eu por nós: um texto egoísta
sábado, 10 de outubro de 2015
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
Girassóis no viaduto
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Malemolência
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
sábado, 19 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
sábado, 12 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
domingo, 23 de agosto de 2015
Finnegans Wake
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Te joga no buraco e joga a corda pra te salvar, você redescobre um mundo lindo fora da escuridão e tropeça na mesma corda que te tirou de lá. Você sabe do que eu falo.
O bom da vida é ver a vida de fora, o bom da realidade é estar fora dela.
A morte também é ingrata. Você aprende a não enjoar na roda gigante e quando menos espera te tiram do parque.
A vida não tem a menor graça pelo peso que tem. Mas é uma maravilha se vivida despretenciosa.
Hoje eu vivo a vida num mundo que eu rejeito e que me rejeita também.
Não vivo no meu mundo e ando perdida, só não deixei de entrar em pequenos becos por medo de me perder mais ainda, a vida é efêmera e eu sei.
As vezes me importo demais com ela, esquecendo que ela não se importa tanto assim.
Esse presente belo e cruel é meu. É responsabilidade minha aproveitar cada brinquedo do parque antes que me tirem dele. Alguns brinquedos são fatais, outros são só medo e frio na barriga. Uns enjoam, mas você sabe que uma hora o seu tempo acaba e você sai dele são e salvo, no máximo um pouco tonto.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Ouço suas músicas
terça-feira, 30 de junho de 2015
Torrencial
Só pra confundir as minhas lágrimas no caminho de casa.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
De noite no meu bairro
Pra ouvir: A balada da bailarina torta/ Aos garotos de aluguel - A banda mais bonita da cidade
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Tem dezenas de textos inacabados na gaveta do lugar que eu trabalho e no fundo todos são desabafos que gritam e escorrem pelos meus poros, simples desabafos difíceis demais para se fazerem entendidos assim, no papel, ou até pela boca.
Ando sufocada dessa minha vida de intensidade medíocre, intensidade engasgada por falta de ter como exprimir, que na verdade mesmo eu gosto mesmo é de história confusa, difícil de ser resumida e pior de ser explicada, a saída é sentir, e não dá pra explicar um sentir, nem ensinar. Gosto de gente caótica, porque eu sou muito caótica. Eu crio casos que já existem e penso neles. Penso, penso, penso.. Mastigo a vida alheia até me cansar, não vejo soluções, só caos, caos, caos. Estou sempre exausta e sem esperança. Uma falta de esperança muito alegre as vezes, por ter certeza que eu, e poucos eus pensam, pensam, pensam... No que não tem resposta, solução nem porquê. Que alegria mais sem graça. Alegria cansada...
Gasto a minha vida com vidas gastas e no fundo não faço questão de entender nada. Eu já entendo tudo. Entendo, aceito e sinto. Eu sinto demais, eu sinto muito... Por mim, a vida é a vida e o mundo é o mundo.
Acho que compreendi que as vezes a minha alegria cansada vale mais a pena do que uma alegria alegre e leve. O cansaço da alegria me agrada, me agradam as multidões que sentem, sentem, sentem, juntas.
Um dia de caos, breve alegria que antecede o cansaço vale a vida que diariamente me cansa.
Não adianta, eu sempre, sempre, sempre vou estar cansada da vida.
Eu sou cheia demais de tudo, tem demais dentro de mim, e a vida é pouca pra tanto e pra tanta gente. As vidas cheias pesam em mim o peso do mundo, carrego cansada e alegre.
Deixo aqui as frustrações dos meus devaneios.
A minha alegria sempre vai ser o prazer da catárse.
Sigo aqui muito alegre com sorrisos que não são pra mim, com sentimentos que não são pra mim, com reações que não são por mim e que entram na minha alma como um espírito que incorpora um médium.
Sigo alegre em sentir.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Amor sereno
Mas tem amor que não pede nada, nem impede, nem desdenha.
Tem amor que vem amor pra eu fazer feliz o meu amor. E no fim, só no fim, descobrir que esse amor me fez descobrir que tudo que eu entendia por amor talvez não fosse.
Quase brincalhão,
Quase pertubador,
Quase infantil.
Com preguiça
deixo pro resto, a aparência delicada, eu sou bruta, pedra bruta e não vou ser lapidada.
te juro, é só preguiça.
e é essa preguiça que me faz desconfiar de tudo e todos, tudo não é tudo e todos não são todos.
eu sei, eu sei... é muito difícil ser quem se é, as máscaras pesam mas é mais cômodo.
ser quem se é pesa muito mais.
por isso eu vivo assim... com preguiça
domingo, 10 de maio de 2015
Aqui também tem coisa boa
Noite, tarde ou dia
Luzes da favela, de alguns prédios e rua vazia
Criança na rua, mãe na cama,
Segundo andar sem companhia
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Todos os meus olhos raramente veem, e se veem, você não vê.
No mínimo nada importa.
Nem a pena que eu sinto do mundo por ele ser mundo.
Se é assim,
é o peso do mundo que é esse mundo que pesa nas minhas costas,
e mesmo assim não quero que me importe,
se me importa, dói.
Procuro portas.
Sufoca
Oca.
Tudo se amarra,
o mundo é feito de amarras.
Prefiro o que mata, do que o que sufoca.
Antes o mundo fosse louco,
antes fosse oco.
Mas não é. É pesado, intenso. Mas ninguém vê.
Sobrecarrega, inforca, amarra, sufoca.
Eu odeio ter o peso do mundo.
Prefiro o que mata, do que o que sufoca.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Conto do ponto de ônibus
Um dia, não por falta de lugar e nem por interesse certo, sentei ao lado dela - antes não tivesse sentado, penso nisso até hoje - Em pouco tempo mas com absurdo descaramento disfarçado de sutileza, como se me tivesse tomado pra si derramou em mim toda sua história, angústias e desejos, mas óbvio, só o que convinha, me viu como espécie de diário seletivo. Tentou criar uma nova mulher com base no que passei a saber dela.
Eu não lhe revelei nenhum mistério, mas a princípio não me escondi tanto.
O tempo todo tentava mentalmente lhe dizer para parar de despejar em mim todos aqueles planos, pois não se realizariam, e mesmo que realizassem, não me interessava. Tentei enviar mensagens telepáticas, afinal ela não calava a boca.
Emprestei meus ouvidos e de bônus algumas levantadas de sobrancelha para fingir algum interesse. Nunca demonstrei de fato minha vontade de estar ali. Mas isso não lhe interessava, meus ouvidos estavam de bom tamanho.
Eu ofereci um pouco do meu tempo, mas não a vida inteira. Mas como sempre, já bastava.
Era um dia que fazia frio.
E eu no ponto de ônibus estava vestida da cabeça aos pés. Protegi meu corpo do frio, e não protegi mais nada.
Ela, é claro, nunca me viu de fato.
Não sabe como é meu corpo, não conhece meus sinais nem cicatrizes, não me viu nua, não sabe das minhas tatuagens.
Por falta de tempo talvez, talvez vontade, ou até coragem.
Gastou toda saliva com palavras. Nenhum beijo.
O ônibus chegou.
Ofereci meu telefone, mais um quarto de tempo, um café... Virou as costas e sem parar de andar gritou: "Não bebo café, adorei te conhecer. Tchau!"
Nunca mais nos vimos, se nos cruzarmos na rua seremos dois estranhos.
Nunca nos conhecemos.
Rua da passagem
Passei
Sofri a agonia de uma vida não sei de quem
Não sei por quê
Passei pela primeira vez há dois ou duzentos anos
Não sei
Me sobrou angústia num sobrado de esquina com a rua Arnaldo
Eu botei fé
Ele
Bota fogo
Na rua da passagem
Doces, balas, vida e outras drogas amargas
De sonho em sonho comi a padaria inteira, virei uma bola e não sai do lugar.
Meus planos nunca saíram do papel
Dividi o papel em quatro, chamei uns amigos e coloquei cada parte embaixo da língua de cada um
No dia seguinte "planos" era o que menos importava no mundo
Aposentada
O tempo é pouco
Eu quero muito
A falta de coragem é um desperdício de vida
Abandonei tudo e virei uma bomba relógio aposentada
domingo, 29 de março de 2015
Deja vú
O movimento que tive de pegar um copo de água bem gelada na geladeira e beber agachada me fez esquecer que a cozinha aumentou e em sacrifício não temos mais a área que dava pra amendoeira do vizinho e era meu lugar preferido na casa pra ler e ver a lua, me fez pensar que da janela veria minha vó deitada, lendo a coluna de esporte ou fazendo palavras cruzadas, sem pensar que há quase 4 anos ela se mudou pra Bahia, me fez esquecer que eu estava no terraço tomando Sol, este que antes não existia. Abri a panela com fome e a comida era macarrão. Tudo me fez pensar que eu estava chegando do posto 3, na praia da Barra, que eu não trocava por nada e há muito tempo não frequento. Foi um deja vu gostoso pensar que eu não iria embora mais tarde, mas que eu me arrumaria pra ir à noite no cinema do shopping Tijuca e ficaria sentada na porta de amigos que não vejo mais na rua Uruguai. Tudo veio agora pra lembrar e me provar não sei o quê. Mas o bom foi saber que fui feliz aqui, e só escrevo pra não esquecer nunca. Por mais que tudo me leve a isso.
domingo, 22 de março de 2015
Heresia
Se o mar não ta pra peixe, não deixe a maré te levar
Desculpa pescador, desculpa marinheiro, é que de onde eu vim, é fácil falar
A correnteza não é mole e eu nem sei nadar
De frase em frase de efeito eu vou levando a vida, mas nem sempre eu sei rimar
quinta-feira, 19 de março de 2015
Não jogue fora sua TV
Leia Tolstoi, Dostoievski, o caderno político, saiba usar crase (Só pra dizer que sabe)
Mas não seja um chato.
Assista GNT, globo, multishow,
Mesmo que seja pra criticar.
Saiba criticar.
Não escreva em muros pra eu jogar fora minha TV.
Assim como ela, você não vai me manipular.
Leia mais, coma bem, beba menos
Assista sua TV.
Valorize seus artistas.
Perceba notícias sensacionalistas(critique-as)
Diferencie a verdade da mentira.
Questione. Saiba os dois lados.
Seja patriota.
Não destrua o seu país.
Não seja burro.
Não seja mais um.
Não deixe que ninguém te mande jogar fora sua TV.
Não deixe a sua TV mandar em você, dirigir sua cabeça, seu cérebro, suas opiniões.
Não seja sua TV.
Poesia de todos os anos
Não me atraem em nada
Esses caras que fazem o meu tipo
Olhou, olhei, reolhou
Virou a esquina
Acabou a rua
Acabou o amor,
Amém
Vergonha de que, vó?
Fazer o que
Se o sexo com ela é bem melhor
Eu? Me desculpar de que?
A água do chuveiro é fria demais
Pra sofrer
A água da chuva quando molha
É mais fácil esquecer
Vem, molha o que for
Salvo meus papéis,
Pode alguém querer ler
Aula de gramática
Obrigada e me desculpe,
Professor
Pelo incentivo em tom paternal
Obrigada e me desculpe,
Professor
É que eu sou assim mesmo
Só aprendo se for na marra
domingo, 8 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
1
Olhei, re olhei, implorei, estive perto, tentei, tentei, pedi, olhei, olhei, olhei... Até cansar. Acho que você nem entendeu... Desolhei.
Eu que estava olhando pro lado errado.
2
Olhei pro outro lado,
De relance.
Não pedi nada, não tentei, não cansei. Olhei só uma vez. Você me disse tudo, sem falar, sem eu implorar.
1
Olhei de novo, e não vi nada.
Ou eu vi tudo que você sempre representou:
Nada.
2
Olhei e não parei mais.
Eu vejo tudo,
Te olho até hoje.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Voa sem asa menina
Pé na estrada da imaginação
Viaja pra dentro dela
Põe teu corpo no mundo
Seja paz pra ela
Seja vida de novo
Ama tudo
Mundo do mudo
Voz do coração
Latido de cães
Barulho de mar
Gargalhada
Sorriso bonito
Dentes perfeitos
Casa de praia, rede
Lenine, Lapa, Carnaval
"...Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa..."