terça-feira, 2 de setembro de 2014

Hoje eu quero sair sozinha.
Quero ficar sozinha.
Assim como nasci, desde que o cordão foi cortado.
Me parece que foi arrancado, agradeço, sem mágoas.
Me parece mesmo que sou sozinha,
e qualquer surto, no fundo me parece normal.
Não na hora. Acho triste. Acho enlouquecedor.
Acho digno apagar todas as mensagens, esquecer que aconteceu
Dou graças a minha falta de memória, dou sim.
Nem questão de lembrar os prazeres eu faço,
desde que os revés e os infortúnios já tenham sumido.
Amanheço como se nada houvesse acontecido,
e não e da minha responsabilidade a sua cara de tacho quando me vê
Não é da minha responsabilidade responder perguntas de como eu estou
Não é da minha responsabilidade a sua mágoa por mim
quando eu disser que não se meta na minha história
História essa que você não tem nada a ver, história essa que deixou de existir no mundo a partir do momento que assim eu quis.
Não me culpe, não sou obrigada.
Pouco me importa como você age,
pouco me importa como você pensa que eu deveria agir.
Menos me importa a sua decepção por mim quando eu explodir.
Pouco me importa se você pensar que eu estava drogada,
porque é bem provável que sim.
Pouco me importa se eu fui dormir chorando,
se pouco importa pra mim, hoje não é nada.
O poder é meu,
eu nasci sozinha sim, eu quero estar junto sim,
a decepção é minha sim, o ontem aconteceu sim,
me permiti sim, me proibi sim.
E hoje começou assim.
Fim pra ontem. Me perdoe a decepção.
O mau agouro não é de durar não.