quinta-feira, 27 de novembro de 2014

3

Quis ser igual as pessoas que amam,
Por isso eu amei
Não seu certo. Não sei porquê.
Mas o amor não foi igual o das pessoas
Que amam

2

Olhando o meu fracasso,
porque de fato eu amei

1

Essas pessoas que amam, amam.
E a minha vontade é só ficar por aqui,
Olhando

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Eu fui tão bonita acertar em cheio
Errei feio no vazio

Você que veio do universo pra um ventre, pra terra, pro meu coração, derramou num papel e eu só queria que o meu sono voltasse a ser tranquilo

Um cheiro, uma rotina, uma época. Uma delícia.
Passou e o processo de esquecimento...
...é lento, ou impossível.

Ausência

Onde nada faz sentido e tudo anda perdido a solução é radioativa e a solidão me faz companhia.
Eu aprendi a me respeitar nos fins e desequilibrar os meios(daí se deu o fim)
Aqui no meio do nada eu me jogo em tudo.
Cada devaneio que calo, cada lou(cura) que sara, cada verso que pinto,
Cada instante lembrado é uma saudade, e a ausência me satisfaz bem mais agora que quando te tinha de corpo, e sem alma.

domingo, 23 de novembro de 2014

Mais ou menos quente
Mais ou menos fria
Mais ou menos mor(ta)na

Mais pra mais do que pra menos
Mas pra ácida do que pra azeda

Amarga não
Doce menos ainda
Cacto não
Flor de maracujá....
Menos ainda.

Amor

Os pés com pés são amor
A falta dos braços, pelos, zelo
Beijos na testa são amor

A fé cega é amor
Caneta e papel

Eu amo o tempo todo

Nem pelos incensos de Nepal, nem pela paz mundial. Nem pela casa que eu cresci, nem pela Tijuca, Engenho da Rainha, Lapa, Botafogo ou Ipanema.
Nem por Tim, Raul, Mallu.
Nem por pai, nem por mãe. Nem por Lispector, nem por Laís, nem por Fellipe.
Nem por caneta, nem por papel, nem pelos seus cachos escuros, nem pela praia, nem pelo verde, nem pela estrada, nem pelos meus amores.
Nem pelo passado, futuro, presente
Nem por mim,
Nem pelo fim, nem por nada defino Eu.

Acabou o a(dor)mor
Deu-se o fim dos meus belos uni(versos)
Tira esse véu, não há mais perigo na esquina, da vida.
Meu bem
Explodiu o nosso céu
Réu. Absol(vida)

Eu não te amo
Estranho...
O meu ganho foi te perder

Medo de mar, vontade de ir. Sempre vi bichos nas nuvens.
Algodão doce, pirulito e bala. Nunca gostei.
Descubro muitas de mim e me assusto.
Sol em Júpiter com lua em sagitário, eu não sou suave.
Já não sei o que é meu, eu só queria voltar à 1950, quando existia em outro eu.

Sou feita de pequenas frases objetivas e longos desabafos em diários desde que aprendi a escrever, rápidos rabiscos com datas vagas anotadas em cadernos, livros, papeis largados e esquecidos no mesmo instante
Sou amor desde 2009
Carente desde 1992
Nietzche antes de conhecer a filosofia
Sócrates pelos porquês
Júpiter desde Minas, Urano por simpatia
Crescente por beleza
Cheia sempre fui
Plena raramente, paz eu mal conheço
Mulher por obrigação
E triste por poesia

Eu sei bem dos meus limites e a realidade vem me negar a fé. Não é de hoje que eu não lido bem com o "não seja, pareça"

Sei de nada
Sei do que eu quero e morro se medo de saber e não saber
Sei de nada
Sou uma curiosa
Sei de nada, só sei mesmo que eu morro de medo de saber

E ânsia de ser

Toda cheia de não me toques, não se ofenda, vai te invadir com a luz de um sorriso pedindo licença pra passar sem ligar de ter ofuscado o resto da praça.
Não é só alegria, é tudo desespero, a loucura contagiante que não pede licença, não pede permissão, não pede desculpa, não pede arrego, não pede carinho, impede cobrança, tudo isso bem claro na sua linda dança.
Não cansa, encanta, esbanja, arrepia, morde, assopra, some, invade.
Foge. Fode. Destrói seu psicológico, sem querer. Não quer dono, trono, namorado, cachorro, responsa, coleira, estresse, trabalho, prova, regra, apego, enredo.
Sabe aquelas sem passado? Para do lado  de quem for, mas só se quiser. Toda essa indiferença odiosa não é sempre por mal, as vezes é preguiça, falta de interesse literal. Sem interesse no seu papo, no seu ego, no seu carro, ou só mesmo no seu elogio. Ingrata. Segue a sua vida ingrata.
Musa de nada, sentada na esquina, segue a vida perdida com a lingua afiada. Ingrata. Não a provoque, ela vai te desconcertar com tantos porquês, tantas dúvidas, fulminando com o olhar.
Sozinha pensando ela sabe que isso não a leva a nenhum lugar. Superioridade é uma merda, foi o que ela me disse. Não quer ser ninguém, não quer passar desapercebida, quer ganhar brigas, quer ficar sozinha dentro de si e morre de medo da solidão.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Partida

Morro de preguiça de começar tudo de novo. Morro de carência. Morro de tristeza de ser sozinha. Morro de alegrias por ser livre, morro de vontade de um amorzinho, morro de poesia vazia, ainda morro sozinha.

Ainda morro dessa contradição de saudade e raiva de você. Ainda me acabo sem energias de tanto esforço de esquecer. De tanta vontade de você, de tanta saudade. De tanta contradição.

Tudo que eu não queria era morrer, por isso parti. Parti do que nunca foi junto. Eu não parti nada, já era partido. É triste aceitar. E eu ainda morro disso. De partida.

Tô toda partida por dentro. Meu coração, meu corpo, minha alma, minha decisão, minha contradição.
Morri desde que dei partida pra gente começar.
Morri no dia que parti.
Morro todo dia, e todo dia é uma partida.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Qualquer serenidade

Ha de ser temporária

- Como você esta se sentindo?

- Não sei. Depende da hora. Tem horas que eu fico serena e leve como uma pluma. Essa leveza não costuma durar nem cinco minutos. Logo eu me culpo por isso. Ora pela leveza se transformar numa espécie de vazio; meu peito vira um peso morto, uma tristeza nostálgica. Um rumo perdido. Embora antes, quando eu carregava em mim o Peso do Mundo no coração, o meu rumo também era incerto, ou não. Talvez o rumo fosse o mais certo possível, o sofrido fim. Mas esse universo infeliz pesou demais, quando não suportei mais segurar, ele explodiu e desatinou a descer pelos meus olhos que chorando um absurdo de amor frustrado calou pra sempre a minha voz.
Ora me culpo pela leveza representar minha fraqueza do início ao fatídico fim. Essa leveza tão frágil e falsa, nunca existiu na realidade. Sempre me iludi com a sensação de paz e peito livre. Cada dia, hora, minuto de negação era uma volta na corrente que me prenderia para sempre nessa sensação de estranheza e burrice. - Como eu fui deixar isso acontecer? - é isso. A leveza se transforma em dúvida, depois em falta de resposta e por fim em raiva e pena. Pena de mim.
- Tem dias que eu acordo morta. Não ha nada que me ressuscite. Tem dias que eu acordo viva, de modo que sofro o dia inteiro confirmando a vida sendo vivida. Mas geralmente tenho hora marcada para chorar, tenho hora certa para sentir pena de mim, dele, do mundo. Tenho a hora de ficar alheia, de morrer e de voltar. Tem dias que eu perco a memória e quando ela me reencontra, faz questão de me castigar pelo lapso.
- Sabe o que é? Os tidos piores sentimentos são os mais capazes de me fazer voltar a vida. O Peso do Mundo em mim estava me matando. Eu segurava com todas as minhas forças, nas horas de descanso a angústia vinha em forma de posse, de meso da persa, de desespero. Um tipo que eu já estava me acostumando. Um dia eu acordei com ódio da morte lenta que eu havia aceitado. Ódio de estar morrendo na infeliz conformidade. Hoje eu não sou feliz. Escolhi outro tipo de tristeza. Escolhi lutar contra a morte da minha razão. Escolhi matar um tempo para que ele reencarne em outro. Uma hora eu canso disso também. Me entrego a um amor com a certeza de que ele vai me matar, me entrego as drogas mundanas, ao mundo. Cansando disso, paro de me entregar. Escolho de novo a morte pela solidão, pela falta vital das pessoas.
Dia a dia, escolho uma nova maneira de morrer. Para afinal ter vivido com tanta intensidade(até nas horas de ócio) que até a morte vai ser um misto de prazer e vida. Nostalgia e preguiça e descobrir que não há morte. Sabe essa morte toda errada e cheia de formalidades, o velório, o caixão, as missas...? O corpo que viveu, levou junto com ele todo esse prazer da vida e morte diária. Outros corpos nascem todo dia. O físico e a casa da vida e da morte.
A vida e a morte nunca vão deixar de existir. Viver é difícil... Morrer mais ainda, mas matar é inevitável.
Eu não sou feliz, mas tenho a razão.
Sou a conclusão da morte de cada amor, cada vínculo, cada história. Viver dói, morrer é necessário. A morte modifica. Morrer é necessário.
Amanhã, não se preocupem. Eu vivo de novo. Vai ser tudo diferente, provavelmente não vou sentir dor, nem ter razão. O ciclo é esse. Mas a morte definitiva não existe. Eu não aceito. Cada morte faz parte da minha vida e minha vida morre comigo. E nasce mais uma vez todos os dias nos físicos sentimentais e suscetíveis à vida e à morte.
Sobre Ele, o Peso do Mundo, agradeço pela morte, pelo entendimento, pela vida e por tudo de ruim. Avisa que a gente se esbarra, e que eu vou sentir falta dos assassinatos e suicídios que Ele me proporcionou.

Nem sei tanto

Tanta coisa faz tanto sentido pra tanta gente ha tanto tempo em tantos lugares

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O mundo é um misto de saudade e preguiça

Para lá o amor que não me deixou nada, só vontade de que fosse amor

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ponta de faca

Hoje eu estou perdida, mas não pelos meus planos, e sim pelos seus. Não pela minha ausência de vontades e sim pela sua exacerbada, e que nada tem a ver comigo.
O meu estagno era calculado, construtivo.
Nenhuma linha reta é exata de equilíbrio. Qualquer sopro de dúvida desestabiliza i infeliz slackline vital.
O nosso auge é oposto e não há amor que perdure tamanha divergência de prioridades.
É triste o lado mais sensível dessa relação. É infeliz quem nota o fim desde o início.
Jamais diminuiria o pesar do surpreso.
Havia contestação até agora e superficialmente não se sabe o que aconteceu.
É prematura a inserção dos seus sentimentos. Seu corpo chega na frente, sua alma fica para trás.
Precipitado demais e tão pouco precipitado.
Sua vaidade não combina, e a minha caretisse, além.
O nosso declínio é certo e ele já vem. A nossa graça inteira foi a desgraça, foi a luta. A vontade contraditória de seguir e sumir. A tensão sempre foi o combustível. A convivência está nos matando.
Somos exatamente quem pensávamos ser. Uma verdadeira frustração.
Nós agora somos o fim. Mas a nossa desgraça inicial fez valer.
A nossa desgraça atual, o fim declarado, não tem a menor graça.
A nossa diferença absurda é inevitável.
Trava.
Não dá.

Criou-me louca
Ordem por ordem subliminar
Fez de um jeito que tornou-se
inevitável não piorar
Fui a melhor das suas piores invenções

Maluca, infame, porralouca,
Falada
Criou-me a nova louca
Irreversível mudança
Fui você,
Só que de propósito e sem notar.

Quando vi, olha você
Como querer a louca?
Dentre tantas, porque a louca?
Fez-me louca por você, por céus e mares
Louca varrida

Louca, fui punida
Por você.
O melhor dos piores inventores

Quando você some

Nos dias em que você some, minha rotina e mais cansativa do que te procurar. Sou capaz de morrer dez vezes em um dia, sem ressuscitar em nenhuma delas.
No fim do dia sou quase transparente. Uma verdadeira invisível, fantasma vagando sem vontade.

Por todas as vezes que te fiz sentir o pior dos homens, me perdoa.
Não fui justa. A sua cabeça me fez cruel, te eximindo da culpa que você tinha.
Por todas as vezes que te fiz sentir um rei, me perdoa também.
As minhas fantasias criaram uma imagem de perfeição que está absolutamente longe do que você realmente é.
Por sorte você nunca me levou a sério. Por azar, mais ainda.