quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Eu li esses dias uma coisa que me deixou angustiada... foi no Facebook... amiga de uma amiga, talvez, não tenho certeza.. compartilhou algo do tipo: se sentindo realizada, fui efetivada no estágio. Umas dez pessoas marcadas no acontecimento. Um textão. (Tudo hj é textão né, aff) parei pra ler, óbvio.
... FULANA de tal foi efetivava no estágio... depois de TRÊS ANOS a empresa (...) enfim me aceitou...... 
fiquei embasbacada! Três anos?! Foi certamente uma puta realização... a garota tava felizona... ok. Empresa de moda. 20 anos, ela tem( estágio desde os 17, nem sabia que dava pra fazer isso). Não sei seu nome nem nada de você. Quis te dar meus pêsames. Três anos... eu teria desistido. Com 20 anos a gente sabe o que quer? Eu não sei o que eu quero e tenho mais de 20. 
Não sei seu nome nem sua história. Eu queria dizer que se isso fosse um namoro eu o definiria como abusivo. 
Espero que seja feliz... espero que saia logo desse emprego. Beijos desconhecida. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Amo o submundo que vive na mente de cada um. Cada grau não explorado, cada sentimento que ninguém tem coragem de expressar. Cada pensamento doentio que não há de ser. Eu não odeio as convenções e não  julgo o convencional. Acho até graça de certos olhares de reprovação. Mas é que no fundo me incomoda... Eu quero gostar de tudo. Meu mundo não precisa de tantas explicações, quero ser a favor de tudo. E se eu quiser chorar de emoção em cada experiência antropológica mais exdrúxula? E se eu achar lindo o incomum. 
Quero outra realidade. Não tem nada a ver com misticismo, também não é propagação good vibes propositalmente intencionada. 
Eu não quero explicação, não quero satisfação.
Pode sentir o que quiser.
Faz também.
Se liberta

Não é propagação à hipocrisia. Eu sou humana e convencional. 
Eu sou igual

É que eu preciso me entregar 
Eu gosto do gosto do estranho 
De fazer o contrário só pra errar
Só pra ver como é.

Sentir o gosto da morte
E da não morte mesmo quando ela, eu quiser. Como é perecer? Sobreviver? 

Quero te ver amar. 
Ser humano...
Bobo...
Eu sou igual a você. Eu gosto de conhecer meu segredo mais obscuro. Também tenho coisas que não conto nem pra mim. Então você não vai me enganar, eu sei que você sente.

Eu quero você perdendo menos tempo tentando arrumar uma desculpa pra parecer menos estranho pro mundo. É meio que um fetiche meu ver você vivendo qualquer coisa, rio até quando você perde tempo. Quem não perde tempo? 
Quem se conhece não é mais enganado. Eu não me importo em ser enganada se é isso que você quer. 
É só vida. Imagina só se só tem essa mesmo! Que bobeira. Quanto tempo a gente perdeu se explicando.


Pode ser.
Se você quer ser e ninguém deixa, 
Eu deixo.

Vamos ser humanos sem culpa. 

Amém. 

Falo secretamente mas abertamente com todos os seres: não se preocupa. Um sentimento não necessariamente anula o outro.
O mundo é grande. Misterioso. 

Não 
Morra
Sem 
Viver

Bobeira. Faz o que quiser.

sábado, 20 de agosto de 2016

20/08/2016 - sem cunho político. eu tô cansada.

Br em festa
Hoje a cidade tá em festa
Hoje o maraca tá em festa
Hoje a favela tá em festa 
Hoje tá em festa até o atendente do Subway (juro)
Hoje o proletariado tá em festa - falando nisso ontem foi feriado? Nem sei. Trabalho em loja, o Paes não me deu o direito nem de receber hora extra) 
Hoje o Leblon tá em festa 
O baixo Botafogo 
A linha 2 do metrô
Hoje é farra pra tudo que é lado
E ainda mais que hoje é sábado! 

Porra alguém viu a lua? Hoje ela sangrou! 
Lágrimas da gente, que nem sente a dor em dia de êxtase! 
É a unha cravando bem no fundo da pele na hora do orgasmo, sabe, quando vc nem sem importa com o estrago e ainda acha bonito. Mostra até pros amigos.  

O Neymar não viu essa lua, mas lavou a alma e deve tá nadando num rio de dinheiro.  

Eu que não critico festa de ninguém, é só que o meu peito dói demais. Dor de período menstrual! 
Dor de sangue escorrendo na perna descendo pro pé, se esquivando pro chão que é o lugar que eu mereço estar.

Chão de terra não batida, mato alto, floresta e onça pintada. Onça diferente do chão do Neymar. Onça que me engole porque eu sou brasileira até a alma. o último gozo. o fio de cabelo. Cabelo cheio de formol porque eu sou brasileira de cabelo preto cacheado e não alemã de cabelo liso e loiro. A onça do Neymar não engole ele. Ela só vale 50. (se um dia eu ver uma onça pintada, juro, vou dizer no ouvido dela que ela vale muito mais que isso. Depois ela vai arrancar minha cabeça e deitar pra fazer a digestão sem culpa. Vou agonizar antes dela me estraçalhar e matar. Tá tudo bem onça.)

AH! 

Meu grito de felicidade e agonia nessa festa que eu não vou deixar de comemorar esse vazio cheio de lua CHEIA 

É CAMPEÃO! É CAMPEÃO! 
O Brasil é campeão aqui na praia de Botafogo, é campeão em Brasília! Hoje o Rj é campeão o Eduardo Paes é campeão AQUELE BOSTA QUE SÓ FAZ E FALA MERDA NÃO MERECE O CU QUE DÁ

Hoje é sábado. 
Hoje é dia de beber. Não é, gente? 
Beber pra lavar a alma porque foi Brasil e Alemanha.
Seria dia de beber mesmo assim, só por ser sábado. 
Seria dia de beber se fosse 7x1, pra afogar as mágoas. 

Na minha terra todo dia é dia. 

Na. terra. do. meu. peito. não. 
Mas e dai. Que estraga prazeres eu seria. 

Muito caos na estação do Maracanã. Muita felicidade.
Desculpem, eu tô muito cansada. Preciso chegar em casa.

Boa festa amigos. 
Parabéns Neymar. Você é o cara que merece ouro. Fez chorar de emoção e orgulho os mais fudidos dessa terra. Mas eu não. Tudo bem, nem Cristo agradou a todos. Não é assim que dizem até os ateus? E tem mais: eu nem sou tão importante assim. Eu que não vou estragar a festa dessa pátria animada e calorosa. 

Pra eu não terminar esse texto parecendo uma velha chata eu digo pra vocês uma coisa: hoje é sábado, mas poderia ser segunda. Hoje eu também vou comemorar, mas sem festa na rua porque eu tô cansada. Vou dormir agarradinha e vou transar. Até sangrar. Na lua cheia ela fica em cima da minha janela. É bonito demais dormir amando e sendo iluminada pela lua cheia. 

Boa festa Brasil. Parabéns. Sem mais delongas. Hoje sou feliz por vocês serem felizes por serem brasileiros. 






Quero ser tua toda vida
Bem que eu queria 
Ser tua toda vida

Quero ser pra sempre tua
Toda vida 

Hoje eu queria
Ser tua
Tudo na sua pele 

Hoje tudo
A flor da pele 
Na sua pele

Cósmica 

terça-feira, 12 de julho de 2016

Chegar em casa abrindo tudo pra ter certeza de que foi gasto tudo que se tinha, cada moeda e cada gota de suor 
Experimentado todas as sensações que o dia provocou e pago cada centavo com a certeza de que se tivesse mais, não pouparia nem esconderia dinheiro no fundo falso da bolsa nem energia no fundo da alma 
Acordar debilitada e mesmo assim enfrentar mais 24 horas, mesmo que seja só pra mostrar o quanto também é bom não ter nada. 
Nem dinheiro pra comer, e nem a fome
Nem a vontade de ter 
E que por pelo menos um instante de vida se está alimentada, com as contas da alma pagas e sem dever nada pra ninguém, assim deixando de ser devedora de alma pra um corpo que trabalhou pra não ter nada e ser feliz 

Chegar em casa e dormir nem que sejam duas horas
Nem que não precise sonhar, mesmo que eu tenha deixado tudo que eu tinha, o meu sonho sempre tá do meu lado com os olhos tão fechados quanto os meus, meu sonho anda vazio como eu
Juntas gastamos tudo e voltamos sem nada pra casa. Um saco vazio e cansado, cheio de felicidade invisível 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

A vida é louca e ela segue
Vida breve 
Segue a vibe da vida 
Vida que voa 
A vida é louca e ela segue 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Fui me arrumar pra te encontrar e te encontrei no processo, e isso já fazem dois anos, até hoje não terminei de me arrumar. Eu abri completamente a fresta da minha alma, deixei abater o mal do mundo, não sei quem fui e não sei que foi que amargou tanto a vida assim, não só a minha, a nossa vida. Em um tempo de tantos vícios, sobressaem os vices e as vicissitudes. Ah, e eu deixei escapar quem decretou primeiro calamidade pública, eu dentro de mim ou nosso governador, o estado. é que morri um pouco -demagogia política parcial - com a democracia e deixei ser influenciada pelo medo de andar à noite, eu que não tinha ninguém e nem o medo da vida, hoje tenho uma legião de iguais lutando por mim, mas cresceu o desespero não do que poderia ter acontecido, mas o que ainda pode acontecer. Eu que sempre sou pega desprevenida no meio do processo nunca vou me acostumar por ser um bicho medroso agora, eu endureci, tô fora da vida como eu mais temi e temo, eu não quero mais Temer,  mas posso ir junto, não quero me separar de nada nem ninguém, quero ir junto, não tem mal, eu que não posso me sentir fora da vida que fode tudo  e até pensamento suicida tenho pra parar de sufocar, logo eu, que nunca fui de Temer nada nem ninguém. 

Pode colocar uma música boa um reggae relax
A gente não pode ser mais nada, e é a primeira vez que te vejo 
Eu nem te olhei a vida, te olhei a alma
Pode colocar uma música boa um reggae relax 
Hoje e nunca mais hoje é nunca mais 
E agora só agora nada mais importa 
Eu não quero dinheiro eu só quero amar, e nunca nessa vida mais te ver 
Que não é por nada, é só pra não estragar tudo 
É que levo a vida assim 

Só quem anda sabe onde o calo aperta 

Mas

Pode colocar uma música boa um reggae relax 
invoquei baixinho a estranheza da primeira vez com um corpo desconhecido nu e sincero nem sei se tão sincero, a estranheza também do meu corpo nu estranhando e esforçando que não estranhe tanto assim, a segunda vez é sempre melhor 
A liberdade é até o gosto da mostarda pois graças a Deus o chão do metro e a praia do arpoador aos 20 anos, quando eu vivi mais do que eu achei possível e menos do que poderia ter sido e politizada aos 17 eu não era nada muito menos influência, menos ainda influenciada. Da onde eu tirei isso deus do céu? 
Hoje a liberdade pra mim é até o gosto da mostarda.  



quinta-feira, 23 de junho de 2016

Vendo tudo

Faculdade viagem aluguel ração luz água beck cachaça eu sou vendedora de loja, vendo tudo menos a alma, conheço gente que nem sente que num domingo eu preferia estar na praia dormindo lendo transando invade minha boa vontade que pra um domingo nem é vontade, na verdade é obrigação. bom dia boa tarde boa noite, olá como vai. Foda-se, ela sabe que eu não me importo. 

Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água

Eu tô por AQUI, eu tô sim, mas é a vida e eu tô nela vendo compro bom dia boa tarde boa noite, nem tá tudo tão bem assim, não precisa se importar, responde meu bom dia olha na minha cara, finge que não é um lixo de ser humano, perde um, dois minutos sendo gentil, eu perco, eu perco também a cabeça a vontade o dia do boleto o sono a fome o tesao só não perco a mania de querer que me respondam: bom dia boa tarde boa noite, pode ser a gota d'agua. mais do que isso não posso querer.
Faculdade viagem aluguel ração luz água beck cachaça pra aliviar. Eu sou vendedora de loja. 

Não

Um dia eu aprendi a dizer não, tem gente que nem acredita, pensa que eu nasci sabendo, bom, não foi assim.. Eu precisei aprender, eu achava bonito quando ouvia alguém dizer que um "não" evita muito problema.. Eu que nasci assim problemática achei que poderia me ajudar, aí eu comecei timidamente a dizer não, insegura, e como alguém que experimenta cerveja ou um baseado pela primeira vez eu gostei, nunca mais parei. Hoje em dia é não pra tudo, não até por impulso, tanto que eu preciso fazer um exercício contrário a favor do "sim". Um dia foi sim pra -quase- tudo, hoje quase nada tem meu sim. Eu tenho um problema que criaram um nome engraçado, sincericídio. Eu no impulso já respondi que não é bem assim, não sou eu que estou errada por falar o que eu quero falar, mas sim você, que não usa uma capa protetora de verdades. Não que eu não pense isso, não evolui ainda pra achar outra solução, não que de bom grado também eu me ache a mais correta do mundo, eu não sou, mas é desse jeitinho que eu tenho vivido. Primeiro eu aprendi a dizer não, depois aprendi a dizer sim, ainda hoje eu não aprendi a controlar meus impulsos de fala, eu praticamente vomito diariamente coisas que ninguém gosta de ouvir, mas eu PRECISO dizer. 
Eu preciso? 
Meu exercício agora é outro. Eu não falo mais. 
Eu só vou falar, na hora de falar,  então eu escuto. 
Eu preciso de ajuda, um exercício que não me imagino fazendo é não responder uma pergunta que me fizeram em dois míseros segundos, como se fosse um tiro no peito de quem fez mal a minha mãe, minha resposta é rápida e impensada, porque eu tenho as respostas para todas as perguntas. 
Eu tenho a resposta para todas as perguntas?
Certamente eu não tenho, sou um rio de conflitos. 
Muitas vezes minhas respostas são reflexos imaturos, como defesa, muitas vezes eu acerto. Meu raciocino é rápido, menos na hora da prova, que tudo falha. Mas isso se dá porque eu não gosto de ser provada. Eu me sinto ofendida quando me pedem provas, satisfações ou quando sou duvidada. E é aí que eu erro a resposta a esse exercício que eu me esforço tanto. 
Eu me esforço tanto? 
É, eu erro feio e perco a razão. Quem é você pra duvidar de mim? E se por acaso for realmente uma mentira tudo que eu ajo, penso ou digo? Não é direito meu? Eu tiro  de alguém o direito da mentira?
Eu não condeno a falha, não, eu não condeno. Eu posso no impulso da arrogância expor a falha alheia -não que eu tenha algo a ver com isso, eu não tenho, mesmo que a falha me atinja, não sou dona da consciência de ninguém- mas não, condenar eu não condeno. Eu acho errado julgar, mas é claro que não é por isso que eu não julgo, eu julgo veladamente, e me julgo por julgar, eu confesso que não sou dona nem de mim, eu mesma não sei me controlar, dentro do revés da minha arrogância, sou a maior crítica de mim, mas mas tenho a humildade de justificar todos os meus erros, assim justifico os erros da humanidade, afinal eu nasci de Eva, tenho o pecado original. Eu não teria problema nenhum em assumir que não tenho caráter, seria até mais fácil, mas eu tenho sim. E é verdade que eu perdi boa parte da minha ternura, não tenho jeito pra falar com ninguém, não tenho jeito. De jeito nenhum. Eu era uma criança meiga, e não só por achar bonito eu parei de dizer sim, deve ter algum motivo maior, não pode ter sido só por vaidade, mas eu não lembro, se eu lembrasse escreveria, afinal estou escrevendo pra mim, algum médico da alma diria que esqueci por ato falho, e por ato falho eu também perdi a ternura, endureci. Eu amo de um jeito diferente, nem melhor nem pior. Ninguém ama igual, mas todos querem resultados iguais. Eu posso dar um resultado igual ao de alguém, eu não sou singular, o peso dos meus excessos passados não justifica os vazios de agora. Ou justifica? Eu não sei, nem acredito ter me excedido tanto, não me considero um exagero, mas acho que sou. Às vezes. 

Não dá pé, não tem pé nem cabeça, não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça, não tem jeito mesmo.

Não posso me sentir afastada. Isso é um defeito que eu compartilho com o mundo, cair na consciência de que se está por fora de tudo, que o mundo as vezes me esquece e eu não tô causando o efeito que eu vim pra causar. Que eu acho que vim. Eu quis descobrir o mundo sozinha, porque ninguém no mundo tem os mesmos desejos ao mesmo tempo, e se tem é só por hora. Desse jeito também eu endureci: quer estar comigo esteja, não quer, não esteja. Dói em mim, mas só na hora. Eu quero amolecer, amolecer não é mole, é exercício, é erro, é ansiedade, é recaída. No processo de amolecimento da minha vida eu preciso de amor, mas aqui agora eu não quero responsabilizar ninguém, porque eu já fui amada e deixei esse amor de lado, afinal eu PRECISAVA endurecer, era a meta da minha vida dizer NÃO. Mas agora... Agora eu decidi dizer sim, eu preciso aceitar o amor e as intempéries do amor. Eu esqueci a imagem do chão e não é tão difícil olhar pra ele hoje, o difícil é me fazer acreditar. Pode levar anos, ou não. Eu acho que não preciso mais ficar sozinha, eu não preciso descobrir esse mundo sozinha. 
E quando eu quiser e precisar descobrir sozinha um mistério? 
O amor não espera. 
Eu decidi a m o l e c e r 
Dizer sim. 
Quando me abri pro não, disse vários, muitos sim. Abri a fresta da alma e deixei entrar, mas eu calculei tudo: ninguém entrou pra ficar. Meu não é treinado. 
Agora eu sou só sim não calculado. 
Não é fácil, mas eu quero andar de mãos dadas, não é fácil, mas eu preciso ainda ter a liberdade desse não, pra não envergar e atrapalhar tudo, 
Eu apelo: Deus, não me tira a habilidade do não como castigo. A minha dureza foi conquistada. Deus, me ensina o equilíbrio. Eu não posso ser só sim, a minha natureza vai morrer. Deus, me dá a liberdade de andar calada quando eu não quiser dizer nada. Me dá isso como forma de a m o l e c e r. 
Eu quero andar junto, sozinha eu já sei como é. 

terça-feira, 17 de maio de 2016

Eu me acostumei com café amargo 
Deve ser isso 

Lá no café tinha uma televisão ligada, sem imagem, tinha som
Uma mulher não parava de olhar pra tela 
Eu hein 
Até procurei uma outra tv por ali 
Não tinha! 
Eu sabia que não estava louca, mas ela sim
Gostei daquela loucura  


terça-feira, 10 de maio de 2016

Nem café 
Nem uma banda nova 
Nem os sebos 
Nem o bronze do sol 

Eu recuso pra viver a 
-não- coragem de ser salva 
Eu não disfarço bem 
Eu 
Nem
Disfarço 


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Eu não esqueço 
Eu só me distraio 
E isso nunca vai acabar, mas o tempo vem trazer novos motivos
Para não serem esquecidos, 
Só renovados com as distrações 


Todo mundo é mau
Mas eu consigo ser pior

Ela me disse, e não que eu tivesse acreditado, eu já sabia

E meu personagem tão bem construído perdeu o sentido e eu agora estou abaixo do chão 
Mas um dia ia acontecer, meu prazo de validade acabou 

Eu demorei tanto pra criar... 
Não menos que uma vida inteira 

Eu realmente não existo e assim, nunca realmente existiu nós com ninguém 

Porque eu, que suguei tanto, perdi todas as fontes 
E agora voltei a ser aquele
Zumbi

Porque eu sou uma máquina de sugar, que por amor ou qualquer sentimento que não vale mais nada, não tenho mais coragem 

Eu deixo minha fonte ir, e não sei pedir pra ficar 
Porque eu não tenho coragem

E o amor, ou esse qualquer sentimento que não vale mais nada pode morar aqui
E ele que me sugue

O que passou não vale mais nada
Eu não sou mais o que construí
Vai demorar um tempo para que eu me faça novamente 
Por enquanto, eu vou ficar 
E vou doer até onde precisar 

Eu agora não tenho pra onde ir
Eu não tenho rumo, não tenho qualidades, não tenho opiniões 
Não tenho mais envolvimento com nada
 
Fiquei esvaziada para começar tudo de novo
Eu não tenho o que começar 
Que eu suma, não só por vergonha
Por falta de opção 
Que eu escolha outro lado

Mas nem assim eu consigo devolver tudo que eu suguei 

Que como castigo, eu nunca mais justifique o que eu sou
E que ela siga 
E que mesmo por castigo, ela acredite que tudo era mentira

Que como castigo, eu fique sem palavras, sem desculpas, sem respostas

Que como castigo, eu ouça
Calada 
O que eu sempre fui

Que pelo menos, como castigo 
Pra ela eu não minta mais
Que como castigo, 
Eu volte a ser o que sempre fui

Nada.


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Política

Eles não querem justiça 
Eles querem um motivo pra aflorar esse lado mais nojento e agressivo sem sentir a culpa e medo de arder no inferno católico das suas consciências venenosas

Ainda assim todos nós temos o direito de amar e ser amados

Nós sentimos a culpa por não amar

Nós sentimos a culpa por amar e não ser amado

Nós sentimos culpa demais
Nós nos sentimos insuficientes demais em nossas casas, com nossos pais, nossos amores
Nós refletimos essa insuficiência no convívio nacional

Nós SOMOS insuficientes como mulheres, como homens, como seres
Assim, pra nos desculpar esvaziamos nossos sacos de culpa em quem não tem nada, principalmente culpa

Culpamos aqueles que matam sem ter culpa, porque tem gente que não tem amor, culpa ou medo

Mas NÓS temos culpa, amor, medo e família

Nós queremos matar e não morrer, aqueles que matam e morrem por não ter culpa, amor, medo ou família 

Eu também me esgueiro da culpa me chamando de NÓS

Nós é muita gente, eu sozinha já tenho tanta culpa

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Eu tive um espasmo de raiva 
Tive a alma invadida e fui esvaziada até as vísceras
Morri um pouco 
Minha casa foi assaltada
Me abriram o baú
Mas deixaram intocada minha alma

Minhas entranhas estremeceram
Mas se eu caí, me levantei

Se eu caí foi por fraqueza, e não por abandono 

Tem tem gente assinando meus textos, loucura né? 
Tem gente que não é ninguém e tenta vampirizar a gente... Não é questão de talento, é querer roubar o que eu sou. 
Eu não tenho tanta graça assim, pagar meus boletos ninguém quer, não é mesmo? 

🙄
Mil perdões e muito respeito a quem me lê de verdade. Bjs

domingo, 3 de abril de 2016

Eu sou uma mentira. 
O que você me pedisse, eu acataria.