quinta-feira, 17 de abril de 2014

Instantes. Resignação. Vida. Avidez.

Resignar-se é designar-se, não sem dor. Resignar-se vem de casa. Educação da aceitação. É espiritual.
É... Quem disse que seria fácil? Ninguém disse. E quem disse que seria difícil? Ninguém disse também. Ninguém nunca diz nada.
Suas batalhas, seus perrengues diários, são dignos de julgamento. O julgamento alheio de quem também batalha, mas não se resigna. Reclama.
Eu sou dessas que se conforma, aceita. Quase boba. Pode julgar...
Mas o meu eu é lírico, pode também se identificar.
Aceito o mundo de braços abertos. Aceito cada carinho do mundo e agradeço. Me sinto em catarse. Aceito, me conformo.
Independente das 7 bilhões de pessoas vivas, o mundo diz todos os dias que me ama. E todos os dias eu respondo: Eu também. E não considero não um ato de coragem. Sou acostumada com a resignação.
Sempre tomei uma iniciativa bonita. Digo Eu te amo primeiro. Sem medo, procuro não agir esperando a volta.
O mundo já me ama e me dá provas disso diáriamente. Faço disso a minha purificação.
Aceito a batalha. Sinto um pouco de medo sim e não sei bem que espécie de medo é essa.
Sou mistura de capacidade com insegurança. A resignação é o meu equilíbrio.
Sinto um estranho medo do amanhã. Mistura de medo do novo com ansiedade.
Agradeço o ontem, tiro dele cada lição. Mas deixo ele para trás. A minha memória é dr rejeitar nostalgias. Não sou de olhar para trás.
Eu espero e confio absurdamente no amanhã. Sei que dou conta do que for para ser meu. Acho mágico o amanhã, mas pouco penso nele. O futuro para mim é algo distante. Eu nunca fui fã de planos.
Eu amo mesmo é o hoje, meu hoje belo ou trágico é ponte entre o passado e o futuro. Confio na glória do hoje, mesmo que hoje não haja glória alguma.
Sou mistura entre nostalgia e planos. Esse é o motivo pela minha repulsa.
Eu vivo o hoje porque sei que ele vai passar. Eu amo a vida porque tenho memória curta. Busco sintonia no presente porque o presente é a vida.
A vida é ávida e eu sou feita de instantes. Eu sou a inconsequência, porque o ontem e o amanhã se fazem do hoje.

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