terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ponta de faca

Hoje eu estou perdida, mas não pelos meus planos, e sim pelos seus. Não pela minha ausência de vontades e sim pela sua exacerbada, e que nada tem a ver comigo.
O meu estagno era calculado, construtivo.
Nenhuma linha reta é exata de equilíbrio. Qualquer sopro de dúvida desestabiliza i infeliz slackline vital.
O nosso auge é oposto e não há amor que perdure tamanha divergência de prioridades.
É triste o lado mais sensível dessa relação. É infeliz quem nota o fim desde o início.
Jamais diminuiria o pesar do surpreso.
Havia contestação até agora e superficialmente não se sabe o que aconteceu.
É prematura a inserção dos seus sentimentos. Seu corpo chega na frente, sua alma fica para trás.
Precipitado demais e tão pouco precipitado.
Sua vaidade não combina, e a minha caretisse, além.
O nosso declínio é certo e ele já vem. A nossa graça inteira foi a desgraça, foi a luta. A vontade contraditória de seguir e sumir. A tensão sempre foi o combustível. A convivência está nos matando.
Somos exatamente quem pensávamos ser. Uma verdadeira frustração.
Nós agora somos o fim. Mas a nossa desgraça inicial fez valer.
A nossa desgraça atual, o fim declarado, não tem a menor graça.
A nossa diferença absurda é inevitável.
Trava.
Não dá.

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