segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Partida

Morro de preguiça de começar tudo de novo. Morro de carência. Morro de tristeza de ser sozinha. Morro de alegrias por ser livre, morro de vontade de um amorzinho, morro de poesia vazia, ainda morro sozinha.

Ainda morro dessa contradição de saudade e raiva de você. Ainda me acabo sem energias de tanto esforço de esquecer. De tanta vontade de você, de tanta saudade. De tanta contradição.

Tudo que eu não queria era morrer, por isso parti. Parti do que nunca foi junto. Eu não parti nada, já era partido. É triste aceitar. E eu ainda morro disso. De partida.

Tô toda partida por dentro. Meu coração, meu corpo, minha alma, minha decisão, minha contradição.
Morri desde que dei partida pra gente começar.
Morri no dia que parti.
Morro todo dia, e todo dia é uma partida.

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