segunda-feira, 24 de março de 2014

Coração Vagabundo

Eu falo sobre a vontade de fazer uma ligação.
Em desespero, aos prantos.
O meu pranto é mudo, meu grito é do tipo que para na garganta.
Meio que nem ousa chegar nas cordas vocais.
Meio que morre de medo de ser ouvido.
Eu seguro a dor porque ela não sabe se expressar. É quase desengonçada.
Eu seguro o choro porque não sei chorar.
E seguro a raiva porque também não sei brigar.
Percebo chegar uma melancolia que parece quase gostosa,
É sonhadora e cheia de esperança.
Vivo criando momentos e situações imaginárias bem óbvias para gastar essa esperança. Ela é nula na vida real.
Eu não recuo por maturidade.
Simplesmente eu quase gosto desse não dar certo.
Eu quase gosto dessa adrenalina de dar tudo errado.
Quase anseio. Me sinto poética.
Entre os bons e os maus momentos, vou preferir lembrar do fim.
Na minha humilde melancolia,
eu te agradeço a poesia.
Ou ao contrário...

"... Meu coração vagabundo, quer guardar o mundo em mim..."

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