quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O dia que você foi embora(mesmo) -carta-

Eu não estou falando de uma viagem
Estou falando do dia que você saiu de mim, sem clichê. Foi até bem bonito, se você quer saber..
Eu posso não saber ao certo o dia, mas com certeza foi quando conheci Júpiter:


Já era o primeiro quarto da lua cheia, mas não tenho certeza já dava pra ver da minha janela
Foi basicamente num orgasmo cósmico. Eu não quero detalha-lo pra você, este merece um texto só pra Júpiter,  desculpa, mas já  faço demais em te dar adeus.

Há muito tempo eu não amava tanto me sentir vazia. Mas não é aquele vazio chato e pesado que você me dava.

Eu vou te contar: Nem cheia, nem vazia, nem plena, nem nada.
Tem uma fase da lua que ela não é visível, é a LUA NOVA. Engraçada semelhança né?
Eu ali não era nada mesmo, parece que explodi (literalmente), mil partículas de mim voaram pelo universo... Fiquei ali. Parada. Esperando. Esperando sei lá o que. Nem queria saber... Só queria esperar mesmo.

Eu morri. Eu morri várias vezes!!!!!!
Mas à você eu sobrevivi... Que coisa. Que incompetência.. Nem de me matar você foi capaz. Sofri todas as dores, mas nem morri.  Será que você não entendia que tudo que eu precisava era morrer?!
Será que você nunca morreu? Será que você lutou tanto, tanto que acabou vivo e não morreu nem de amores?
É... mas não me culpo. eu tentei.

Não quero sair do foco... só queria mesmo te dizer, que se em algum momento você se procurar em mim, desculpa, mas aposto que você está por ai, vagando pelo universo junto com meus cacos do outro corpo.. Aquele que explodiu.

Hoje nada é complicado. É tão surpreendentemente simples.
É bom não estar cheia nem vazia....

Eu renasci. É bom não estar cheia nem vazia.

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